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quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Foi dada a largada... O show vai começar, ou melhor, o samba vai começar!

Domingo foi marcado com grande apresentação e contratempos na Sapucaí.

Por Paulo César Alcântara
Colaboração Phill Araújo

Império Serrano
Foto: Charles Verdec
Foi aberta a temporada dos ensaios técnicos na Marques de Sapucaí, nesse domingo, dia 15, a antiga “pequena áfrica” recebeu sambistas para o primeiro ensaio. Estamos há quase um mês para o carnaval, e a reta é final, não há mais tempo para erros, o que muitas escolas parecem ainda não perceber. A estreia foi marcada por muitas inovações vindas da organização do evento. Os portões contaram com muito mais seguranças para inibir os supostos amigos dos amigos, que tentam de todas as formas assistir aos ensaios técnicos dentro da pista, dificultando o trabalho da harmonia e dos sambistas, e aproveitando a possibilidade de conseguir seus quinze minutos de fama. A novidade pegou de surpresa muitos elementos que foram convidados a se retirar da pista, mesmo com credenciais e camisa. A atitude foi correta, mas vi jornalistas e julgadores do grupo de Acesso, carnavalescos de escola mirim e da Intendente do lado de fora do portão principal, limitados ao restrito espaço localizado em frente ao primeiro recuo de bateria. Arrumar a casa é necessário, mas impedir que profissionais exerçam seus ofícios, é tirano e pernicioso. O trabalho jornalístico é uma boa parceria para as agremiações, através dele as diretorias das Escolas podem fazer uma sintonia fina, avaliando as críticas e elogios das matérias e visualizando as fotos e vídeos realizados pelos profissionais da Imprensa. Um credenciamento poria fim à estas intempéries.  
            Quem teve a incumbência de abrir a temporada dos ensaios foi a tradicional
Império Serrano
Foto: Charles Verdec
G.R.E.S.Império Serrano, a verde e branco do bairro de Madureira fez um ensaio pesado. A escola da Serrinha conta com um maravilhoso samba enredo que exalta a força de suas raízes, mesmo assim, o samba não foi suficiente para ajudar a escola na evolução, sua cadência é boa, mas não conseguiu manter os ânimos dos integrantes. A comissão de frente de Júnior Scapin, apresentou coreografia com desenhos geométricos e não desfilaram cantando o samba, isso é problema no quesito harmonia, em seguida, o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira (Feliciano dos Santos Júnior e Raphaela Caboclo) estavam aparentemente bastante nervosos na apresentação da primeira cabine de jurados, o casal era conduzido pelo coreógrafo João Paulo Machado. Destaque para a elegância do figurino dos passistas masculinos que trajavam um belo terno marrom. A escola contou com a presença de todos os imperianos de fé como a atriz Myriam Pérsia, a escritora Raquel Valença, a ex-porta-bandeira, Babi, e o cantor e compositor Alex Ribeiro. Tinha algo de estranho no ar em relação aos componentes, percebia-se nitidamente uma insatisfação geral, mesmo que, com muito amor no coração, algo que não consegui apurar. A diretoria de harmonia poderia ter ajudado mais a agremiação se tivesse cantado, e estimulado os componentes a cantarem também, ao invés disso, vinham pelas laterais fazendo grosserias com os integrantes. Vamos ficar atentos, tratar bem o chão da escola é solidificar a harmonia de uma agremiação inteira. Fica a dica!
Império Serrano
Foto: Charles Verdec
A Paraíso do Tuiuti veio com a comissão de frente do renomado Jaime Arôxa, uma
Paraíso do Tuiuti - Foto: Phill Araújo
apresentação bastante colorida seguida do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Marquinhos e Geovana, que vieram apresentados pela coreógrafa, Maria Celeste Lima, a agremiação passou com poucos sambistas cantando o samba-enredo, destaque para o carisma da ala de passistas que vestiram literalmente a camisa da escola, a agremiação passou sem garra e deixou a desejar.
A escola mais simpática da cidade foi a terceira e última agremiação a desfilar neste
Paraíso do Tuiuti - Foto: Phill Araújo
primeiro dia de ensaios técnicos. A União da Ilha entrou na avenida com um tripé repleto de modelos sarados, e com uma deslumbrante apresentação da comissão de frente coreografada por Carlinhos de Jesus, composta por quinze negros que encenaram um ritual ancestral na frente da cabine de jurados, que no momento estava repleta de jornalistas.  O primeiro casal de mestre sala e porta bandeiras, Phelipe Lemos e Dandara Ventapane, foram apresentados pela ex-porta-bandeira Rita, estandarte de ouro em outras agremiações como Império Serrano e Vila Isabel. Com uma apresentação de
Paraíso do Tuiuti - Foto: Phill Araújo
movimentos graciosos, muita elegância e postura ao conduzir o pavilhão da escola. A Ilha veio completa e com a mesma garra necessária para o dia do desfile oficial. A tricolor cantou com garra desde a comissão de frente até a ala 28, a partir daí a harmonia deixou a desejar. O ponto máximo foi a apresentação da bateria de mestre Ciça, levantou a arquibancada com suas “paradinhas” e coreografias durante todo o desfile, sem falar do show a parte dos “tocadores de atabaque” no meio do samba. A Ilha foi o exemplo da noite de como se fazer, e pra quê fazer um ensaio técnico, passaram apenas para aparar as arestas.

União da Ilha - Foto: Phill Araújo

União da Ilha - Foto: Phill Araújo

União da Ilha - Foto: Phill Araújo

União da Ilha - Foto: Phill Araújo



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